Como transportar cachorros e gatos no carro?

Aprenda a transportar cachorros e gatos corretamente no carro. Confira dicas de utensílios para levar seu pet para passear de automóvel!

Ao pensar em transportar animais no carro, é muito comum pensarmos em um cena que automaticamente consideramos bastante fofa: cachorros (ou mesmo gatos) com a cabeça para fora de um carro, sentindo o vento em seu rosto.

Por mais que a carinha de satisfação daquele cãozinho com a língua para fora aqueça o nosso coração, essa está longe de ser a melhor forma de transportar um animal no carro

Seja em uma viagem curta ou mesmo longa, existem cuidados que devem ser tomados para não colocar em risco nem a vida do seu amigo de quatro patas, nem as pessoas que podem estar passando ao lado do carro no momento.

Isso porque, dependendo da velocidade do carro, uma colisão pode ser fatal.

É por conta disso, inclusive, que existem leis que impedem o motorista de transportar cachorros e gatos sem a segurança adequada.

Mas você sabe a forma correta de fazer isso?

Continue lendo e tire as suas dúvidas!

Transportar cachorros ou gatos no carro dá multa?

cão caramelo usando óculos escuros na janela do carro

Em primeiro lugar, o que devemos perguntar é: é permitido andar com um animal dentro do carro?

A resposta é sim, é permitido, contanto que atenda ao que determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Segundo o artigo 252, o condutor não poderá transportar um animal “à sua esquerda ou entre os braços e pernas”, sob pena de multa e perda de pontos na carteira.

Dirigir o veículo:
(…)
II – transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas;
(…)
Infração – média;
Penalidade – multa.

Art. 252, Capítulo XV do Código de Trânsito Brasileiro

Nesse caso, uma infração média incorrerá em multa para o autor no valor de R$ 130,16, além da perda de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Mas não pense com isso que a solução seria transportá-lo dentro do porta-malas ou até mesmo no teto de seu carro (acredite, existe quem faça isso), pois você estaria cometendo outra infração, essa grave.

Nesse caso, fere o artigo 235 do CTB, que segue abaixo:

Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – retenção do veículo para transbordo. 

Art. 235, Capítulo XV do Código de Trânsito Brasileiro

No caso da infração acima, considerada de natureza grave, o condutor do veículo receberá uma multa no valor de R$ 195,23, além da perda de 5 pontos na CNH e a retenção do veículo.

Como transportar animais de estimação no carro?

Depois do que comentamos acima, fica a pergunta: quais são as melhores maneiras de transportar o seu pet no carro?

Abaixo daremos algumas dicas:

Transporte na caixinha

gato na caixa de transporte no banco da frente do carro

Talvez essa seja a forma mais segura de transporte do seu cachorro de pequeno porte ou gatinho, principalmente para os felinos.

O grande truque aqui é fazer com que o seu amiguinho tenha uma experiência agradável para o passeio ou viagem dentro da caixinha, de modo que ele não se sinta em uma prisão.

Para tal, é necessário, primeiramente, deixar o espaço o mais confortável possível.

Dentro da caixinha, alguns panos, os brinquedos favoritos e petiscos. O ideal é que caixa, caso não possa ir no colo de algum dos ocupantes do carro (contanto que seja nos bancos traseiros, não na frente), vá no assoalho do carro.

Se isso não for possível, é recomendável colocá-la em cima do banco e empurrar o assento dianteiro imediatamente à frente dela totalmente para trás, de modo que a deixe bem presa e evite qualquer acidente no caso de uma freada brusca, por exemplo.

Parece bastante óbvio, mas vale a pena lembrar: mantenha a porta da caixinha fechada durante toda a viagem, evitando que ele saia de lá de dentro.

Transporte com o peitoral e cinto de segurança pet

cachorro com cinto de seguranca sentado no banco traseiro do carro

Assim como a caixinha de transporte, o cinto de segurança pet também é bastante seguro para a viagem com o seu pet.

Trata-se de utilizar o cinto de segurança do próprio carro como uma “amarra” para que o bichinho possa ficar deitado ou sentado no banco de trás, mas que não tenha condições de se esticar até os bancos da frente, por exemplo.

Já o peitoral, em vez da coleira, fica preso entre as pernas e a barriga do animal, proporcionando assim segurança e não gerando muito desconforto.

Além disso, apresenta uma melhor distribuição da proteção para o caso de uma freada repentina.

É uma ótima opção tanto para bichanos de pequeno quanto de grande porte, além de ser um dos acessórios para pets com menor valor no mercado.

Transporte no assento com cesto ou protetor

cachorro dentro de um protetor para assento traseiro no carro

Essa opção é mais utilizada para gatos ou cachorros de pequeno porte, geralmente até 10 kg.

Trata-se de uma cestinha com função similar às cadeiras de criança, ou um simples protetor de assento. Basta prender o acessório no encosto do banco traseiro e envolvê-la com o cinto de segurança, de modo que fique firme e o pet bem preso.

Por ser aberta na parte de cima, a cesta ou protetor permite que o animal possa se movimentar e diminuir a sensação de confinamento.

É um dos acessórios para pets mais requisitados do mercado, embora seu preço não seja dos mais baixos.

Ah, e nesse caso, o cinto também é obrigatório!

Alguns cuidados para longas viagens com o seu pet

O primeiro passo para quem deseja fazer uma viagem longa com o animal de estimação (principalmente cães e gatos) é se certificar de que ele não sofrerá tanto com o estresse.

Nesse caso, o tutor deve fazer com que a aventura seja o mais divertida possível, além de confortável. 

Inicialmente, antes de tomar a estrada, é aconselhável preparar o animal psicologicamente. Ou seja, não se trata apenas de colocá-lo dentro do carro e esperar que ele aprove a ideia de imediato.

A situação requer paciência, talvez entrar e sair com ele algumas vezes para que se acostume. 

Já no trajeto, o conforto é essencial. Certifique-se de manter as janelas abertas ou o ar condicionado ligado, sempre em temperatura ambiente.

O calor pode gerar bastante estresse, ao passo que o frio pode acarretar em uma dificuldade para o animal respirar, mais ainda se estiver dentro de uma caixinha ou assento.

Nesse caso, opte por iniciar a viagem bem cedo ou mesmo à noite, horários em que a temperatura em tese está mais amena.

Também é aconselhável não alimentar o animal de duas a quatro horas antes da viagem, para que não haja risco de enjoo.

Caso o trajeto seja muito longo, o ideal é que sejam realizadas paradas a cada duas horas para que o seu pet possa se esticar um pouco, andar, fazer as necessidades fisiológicas (existem fraldas específicas para animais, também são uma opção) e tomar água.

Em caso de você precisar comer algo, jamais deixe o animal preso sozinho dentro do carro.

Dicas específicas para o transporte de gatos

O transporte de gato geralmente requer um pouco mais de cuidado e atenção do que o de cachorro, já que é um animal que tende a se estressar com um pouco mais de facilidade.

Em primeiro lugar, o gato deve sempre ser transportado dentro da caixinha, de modo que as outras alternativas não serão tão confortáveis ou mesmo seguras para eles.

Para que a ideia de passar tanto tempo dentro da caixinha seja aceitável para os felinos, o ideal é que ela seja um lugar com o qual ele tenha contato frequente durante o dia a dia.

Logo, quando chegar o momento de passar um tempo maior em confinamento, ele não se sentirá tão estressado.

Além das recomendações já citadas para o transporte na caixa, uma peculiaridade aconselhável para os gatinhos é borrifar feromônios sintéticos cerca de quinze minutos antes da viagem. Isso ajudará a minimizar os efeitos do estresse.

Caso ele fique muito nervoso, é possível que urine ou evacue dentro da própria caixa. Nesse caso, é possível prevenir esse movimento com tapetes higiênicos que estão disponíveis para venda em pet shops. 

Outra recomendação é não deixá-lo esperando dentro da caixa por muito tempo antes de sair.

Se já não basta passar a viagem inteira confinado naqueles poucos centímetros, certifique-se de que isso não acontecerá desnecessariamente. Só o coloque dentro da caixinha momentos antes da partida.

Durante as paradas para o descanso, retire-o de dentro da caixa com o carro parado e totalmente fechado. Só o deixe sair, se for o caso, quando ele estiver sob o controle da guia. Afinal, é preciso todo o cuidado para que o seu gatinho não fuja.

Para finalizar, certifique-se de que as vacinas do seu felino estão em dia. Principalmente as de raiva e polivalente. O ideal é que tudo esteja em ordem com pelo menos trinta dias de antecedência. 

Com tudo isso passado, é só colocar o seu amiguinho no banco de trás e boa viagem!

Créditos das imagens: Freepik.

João Felipe
Formado em Administração de Empresas, o hobby pela leitura e escrita naturalmente me levaram para o caminho de trabalhar como Redator. Trabalhando há dois anos nas horas vagas. E nas ocupadas também.

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