Saiba mais sobre displasia coxofemoral em cães e gatos

Displasia coxofemoral é uma doença ortopédica que atinge os quadris dos pets. Pode causar dor, deformação e dificuldades de locomoção.

A displasia coxofemoral (também chamada de displasia de quadril) é uma doença que pode acometer cães e gatos. Aqui você vai tirar todas as principais dúvidas sobre esta enfermidade.

Caracterizada pela deformação das articulações, muitos tutores não sabem como realizar o tratamento adequado do pet diagnosticado com essa doença.

Para ajudar, resolvi trazer as respostas das principais perguntas que circundam essa condição veterinária que, infelizmente, é tão comum. Confira:

O que é displasia coxofemoral?

Displasia coxofemoral (DCF) é uma enfermidade que acomete a região dos quadris de cães e gatos. A doença de caráter genético é capaz de provocar alteração anatômica nas articulações coxofemorais dos animais, gerando sintomas como dor e dificuldade de locomoção. 

Por se tratar de uma doença caracterizada pela má-formação genética, infelizmente não pode ser evitada ou curada, tendo apenas tratamentos e cirurgias corretivas como opções paliativas e retardantes. 

O que ela causa?

Deformação na região do quadril, dores, dificuldade para andar e subir degraus são alguns dos principais sintomas da displasia coxofemoral.

Os sintomas pioram em épocas frias do ano e após a prática de exercícios intensos.

ilustração de como é a displasia coxofemoral
Traduzido de: Doberman Blog

Cães e gatos que sofrem dessa doença são comumente chamados de displásicos. Há muito preconceito em relação a doença, devido a suposição de que os animais são incapazes de se assemelhar aos não-displásicos.

De fato, os tutores de cães e gatos que possuem essa condição precisam ter mais atenção na saúde do seu amigo de 4 patas, porém não necessariamente é uma dor de cabeça. 

Pelo contrário, os tutores têm a chance de fornecer uma vida melhor para animais que, sem o cuidado e amor, podem sofrer bastante com essa condição de saúde nas ruas ou em abrigos com pouquíssimas chances de adoção. 

Como surge?

A enfermidade pode ser adquirida por predisposição genética (hereditário, de pais para filhotes), mas também pode surgir por fatores ambientas (como pisos inadequados) e nutricionais (obesidade e alimentação com excesso de cálcio).

Na grande maioria dos casos, os dois lados do quadril são afetados, seja em machos ou fêmeas. Quando os sinais visíveis aparecem, geralmente a doença já está em nível avançado. 

Quando aparecem os sintomas?

Os primeiros sintomas podem surgir a partir dos 4 meses de idade do animal, geralmente representada por dor na região do quadril e andar mancando. 

O diagnóstico tardio da doença é um dos principais inimigos, pois na fase adulta a doença já está avançada e há chances de os animais já apresentarem artrite nas articulações envolvidas. 

Como é o tratamento?

Por se tratar de uma doença sem cura até o momento, o máximo que os tutores podem fazer por cães e gatos displásicos é possibilitar o acesso ao tratamento adequado, que se baseia em retardar e diminuir sintomas, trazendo alívio ao animal.

De modo geral, o tratamento para displasia coxofemoral engloba o controle do peso do animal, uso de medicamentos e fisioterapia. Nos casos mais graves, o veterinário pode determinar cirurgia para correções ortopédicas. 

Em alguns casos, cães e gatos que passam pelo tratamento vivem normalmente sem dores ou sintomas desde que os cuidados comecem cedo, enquanto ainda filhotes.

Como prevenir?

Infelizmente não há formas de prevenção total, apenas cuidados e tratamentos que podem atrasar o desenvolvimento da doença e gerar mais qualidade de vida e bem-estar aos animais afetados.

Uma forma de, pelo menos, saber se o animal possui tendência ao desenvolvimento da displasia coxofemoral é verificando os pais do cão ou gato.

Se eles tiverem a condição, são maiores as chances de o filhote desenvolver a doença. Dessa forma, o tratamento para retardar os sintomas devem acompanhar a vida do pet desde sua juventude. 

Contudo, vale lembrar que a doença também pode ser adquirida independente do fator hereditário.

Animais que vivem em pisos inadequados e seguem alimentação errada também tem chances de desenvolver a displasia.

pastor alemão no meio de uma floresta
Pastor Alemão é uma das raças mais afetadas pela doença.

Quais são as raças mais afetadas?

A displasia coxofemoral pode atingir cães e gatos de todas as raças.

No entanto, no caso dos cachorros, as raças mais grandes são as mais acometidas. Entre elas estão o Labrador, Rottweiler, Pastor Alemão, Golden Retriever, São Bernardo, entre outros. 

No caso dos felinos, a doença é menos comum, mas possível. Entre as raças de gatos mais acometidas pela doença se destaca a raça Maine Coon.

Displasia coxofemoral não é uma sentença

Vale a pena ressaltar que essa doença ainda não tem cura, mas isso não significa o fim da linha.

Há tratamento e, com os cuidados e amor necessários, os pets displásicos podem viver felizes e sem sintomas.

É importante deixar claro que abandonar cães ou gatos é crime, além de ser uma prática desumana e cruel. 

Por isso, se o seu animalzinho foi diagnosticado com a displasia coxofemoral, fique ao lado dele e ofereça o tratamento para que ele não sofra com os sintomas.

Assim, ele poderá viver uma vida longa e feliz!

Créditos das imagens: Freepik e Doberman Blog.

Leo Vieira
Jornalista, pernambucano, escritor e fanático por video-games. Trabalha com comunicação há mais de 6 anos, passando por jornal impresso, TV, internet e assessoria de imprensa. Gosta do mundo das artes, principalmente música e artes visuais. Fã de plantas e do bom uso da língua portuguesa. Siga no instagram!

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