Cachorro pode comer cocô?

Seu cachorro tem mania de comer cocô? Saiba o que é coprofagia, quais os malefícios desse hábito e como ajudar seu cachorro a se livrar dessa mania que pode ser perigosa.

Embora os cachorros sejam reconhecidos como melhores amigos do homem, nem sempre conseguimos compreender e até mesmo aceitar algumas atitudes que fazem parte do comportamento canino. Uma dessas atitudes é o ato de comer cocô, que vários cães tem. Mas será que além de nada higiênico, esse ato trás algum malefício para o seu cãozinho? É o que vamos descobrir a seguir.

Por que o cachorro come cocô?

A prática de alguns cachorros comerem cocô, conhecida como coprofagia, é um comportamento intrigante e, por vezes, desconcertante para muitos tutores. Uma das razões para esse hábito está enraizada nos instintos caninos, especialmente nos comportamentos maternais observados na natureza.

As mamães caninas, instintivamente, ingerem as fezes de seus filhotes para manter o ninho limpo e proteger a prole de predadores. Esse comportamento pode ser aprendido pelos filhotes desde cedo, resultando em uma prática que persiste em alguns cães.

A qualidade da dieta também desempenha um papel crucial na coprofagia. Cachorros que não recebem todos os nutrientes essenciais de sua alimentação podem buscar nas fezes uma fonte adicional desses elementos. Dietas desequilibradas ou deficientes em vitaminas e minerais podem levar a esse comportamento peculiar. Portanto, garantir uma alimentação equilibrada é fundamental para evitar esse comportamento.

Além de fatores nutricionais, a coprofagia pode ser uma resposta a questões comportamentais, como tédio, estresse ou ansiedade. Cães que se sentem negligenciados ou entediados podem adotar comportamentos autodestrutivos, incluindo o consumo de fezes. Nesses casos, oferecer estímulos mentais adequados, atenção suficiente e estratégias para lidar com a ansiedade pode ser benéfico.

Ao lidar com a coprofagia, é essencial implementar estratégias de treinamento e monitoramento. Proporcionar uma dieta equilibrada, oferecer brinquedos e atividades que estimulem mentalmente e evitar punições severas são passos importantes. Além disso, manter o ambiente limpo, removendo rapidamente as fezes do quintal, pode ajudar a minimizar as oportunidades para esse comportamento.

Entender as razões por trás da coprofagia permite que os tutores abordem a questão de maneira mais eficaz, promovendo um ambiente saudável para seus companheiros caninos. Em casos persistentes, a orientação de um veterinário pode ser fundamental para identificar fatores específicos e desenvolver estratégias personalizadas de gestão comportamental.

Afinal, faz mal para o cachorro comer cocô?

A indagação sobre se o cachorro pode comer cocô ou se faz mal é um questionamento frequente entre os tutores. E conhecer os possíveis impactos desse comportamento é crucial para uma compreensão mais clara dessa prática peculiar.

Em grande parte dos casos, quando um cão come seu próprio cocô, não resulta em danos severos à saúde. Contudo, é vital considerar o contexto. Se o animal ingerir fezes de outros animais ou de origens desconhecidas, há riscos potenciais para a saúde. Parasitas, bactérias e patógenos presentes nas fezes podem causar problemas gastrointestinais.

Portanto, a supervisão atenta é essencial, especialmente em ambientes externos onde outros animais podem frequentar. Tutores devem estar cientes desses potenciais riscos e adotar medidas preventivas para evitar a ingestão de fezes de fontes desconhecidas por parte de seus cães.

Em resumo, a prática ocasional de um cachorro comer cocô geralmente não representa um risco grave à saúde. Entretanto, para garantir o bem-estar do animal, é crucial manter a vigilância em ambientes externos e adotar estratégias preventivas quando necessário. Consultar um veterinário em casos específicos pode fornecer orientações personalizadas e promover a saúde duradoura do companheiro canino.

Como fazer um cachorro parar de comer cocô?

Quando se depara com o desafio de fazer com que um cachorro pare de comer fezes, os tutores podem adotar estratégias específicas para desestimular esse comportamento peculiar. A coprofagia, embora muitas vezes inofensiva, pode gerar desconforto e preocupação nos tutores. Aqui estão algumas abordagens eficazes para lidar com essa questão:

  1. Supervisão atenta: Manter uma supervisão constante durante os passeios e períodos de recreação é crucial. Ao observar de perto o comportamento do cachorro, os tutores podem intervir imediatamente, redirecionando o foco do animal e evitando a ingestão de fezes.
  2. Treinamento de comandos básicos: Reforçar comandos básicos, como “largar” ou “deixe”, pode ser uma ferramenta eficaz. Quando o cachorro demonstrar interesse em fezes, utilizar esses comandos de maneira consistente permite interromper o comportamento indesejado.
  3. Dieta enriquecida: Garantir que o cachorro receba uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode reduzir a motivação para buscar nutrientes adicionais nas fezes. Consultar um veterinário para ajustar a alimentação conforme as necessidades do animal pode ser benéfico.
  4. Adição de suplementos: Alguns suplementos alimentares têm sido associados à redução da coprofagia. Enzimas digestivas ou aditivos com sabor desagradável quando ingeridos podem desencorajar o hábito.
  5. Manter o ambiente limpo: Remover as fezes prontamente do ambiente é uma medida preventiva simples. Manter o local limpo reduz as oportunidades para a prática da coprofagia.
  6. Busca por causas subjacentes: Em casos persistentes, é importante considerar fatores de saúde subjacentes. Parasitas intestinais, deficiências nutricionais ou questões comportamentais mais profundas podem ser causas potenciais, exigindo a orientação de um veterinário.

Adotar uma abordagem combinada dessas estratégias, adaptadas às necessidades específicas do cachorro, pode ajudar a desencorajar a coprofagia de maneira eficaz. A paciência, a consistência e a compreensão das necessidades individuais do animal são fundamentais ao implementar essas medidas. Em casos persistentes ou preocupantes, a consulta com um profissional veterinário é sempre aconselhável para uma avaliação mais aprofundada e orientação personalizada.

Letícia França
Formada em Publicidade e Propaganda pela PUC Minas. Redatora com experiência em diversos formatos e negócios. Também atua como ux writer, projetando experiências através das palavras.

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